É, eu perdi a senha do blogger e não conseguia postar já há algum tempo. Mas essa semana tive um surto de memória e vejam só...estou aqui mais uma vez.

Bom, minha primeira postagem é repetida na verdade, do blog que eu tentei começar no last.fm, mas se justifica, pois ela explica as próximas postagens onde vou explicar as letras que escrevi do Velhos.


O Homem Assertivo em Questões Errantes


Em mais uma das longas conversas regadas a cerveja que tenho com meu amigo também compositor Leo Bursztyn, discutíamos o objetivo da letra nas composições e acabamos por encontrar uma única vertente em comum: temos opiniões adversas.
Tenho reparado que o preço da evolução do compositor é ter que suportar sua autocrítica que aumenta em velocidade exponencial enquanto o número de composições é uma equação de primeiro grau. Logo, a cada dia temos menos músicas aceitas por nós mesmos. E um dos maiores problemas, pelo menos pra mim, é o medo da repetição de si mesmo. Quando você se propõe a fazer cover do que você já fez anteriormente, este seria então o atestado de óbito da criatividade.
Mas acabo por descobrir o meu verdadeiro objetivo quando escrevo uma letra: refugiar-me. Transcrever erros e dúvidas é uma boa forma de memorizá-las, e até mesmo, de transmitir um sentimento. A música tem essa capacidade. E eu sempre sou muito autobiográfico em minhas letras - a maior parte delas fala dos meus tormentos.
Por fim, acho que o que buscamos é identificação. Não falo de sermos reconhecidos ou admirados pelas músicas, mas sim de saber que alguém se identifica com sua música, e que alguém também se parece com você.